quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Um novo tipo de vírus


Faz tempo que um vírus de computador não preocupava tanta gente. Mas há um novo aí na praça, atacando máquinas que rodam Windows, que inaugura uma nova era. Foi batizado de CryptoLocker por empresas de segurança e ainda não há cura. Provavelmente jamais haverá cura para os computadores já infectados. O que haverá, nos próximos dias, são atualizações dos antivírus capazes de evitá-lo.

CryptoLocker é ramsomware. Software que sequestra seus dados. Uma vez infectado o computador, o vírus criptografa todos seus arquivos. É criptografia pesada. Depois de trancafiar os dados, contata um servidor da nuvem e lá armazena uma chave, uma senha. É esta senha que permite reaver os documentos. Ele ameaça: o pobre dono do computador contaminado tem 72 horas para pagar US$ 300. Se o fizer, ganha a senha e pode reaver o que quase perdeu. Após o prazo, a senha é apagada para sempre. Aí, acabou.


CryptoLocker não é o primeiro vírus a sequestrar os dados. Já desde o ano passado havia versões da mesma ideia passeando por aí. A diferença é que nenhum usava criptografia pesada. Dava para burlar e restaurar tudo sem a necessidade de pagamento. Agora, não. Ficou profissional. E o conceito, que provavelmente renderá um bom dinheiro, vai se alastrar.CryptoLocker é a primeira cepa perigosa desta quinta geração de vírus digitais. Nos próximos dias e semanas, os especialistas vão descobrir trechos de código que o identificam e o implementarão em seus programas de segurança. Os hackers do mal por trás farão, por sua vez, modificações para driblar os antivírus e, nesse jogo de gato e rato, seguirão. Versões diferentes, mais sofisticadas, chegarão à rede. 
O mundo está ficando bem mais complexo. Os países, em algum momento, terão de sentar juntos para decidir como acompanhar este tráfego financeiro pela rede. Porque os criminosos não vão parar na quinta geração dos vírus. Aprenderam um truque novo, seguirão em busca de outros.

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