Faz
tempo que um vírus de computador não preocupava tanta gente. Mas há um
novo aí na praça, atacando máquinas que rodam Windows, que inaugura uma
nova era. Foi batizado de CryptoLocker por empresas de segurança e ainda
não há cura. Provavelmente jamais haverá cura para os computadores já
infectados. O que haverá, nos próximos dias, são atualizações dos
antivírus capazes de evitá-lo.
CryptoLocker é ramsomware.
Software que sequestra seus dados. Uma vez infectado o computador, o
vírus criptografa todos seus arquivos. É criptografia pesada. Depois de
trancafiar os dados, contata um servidor da nuvem e lá armazena uma
chave, uma senha. É esta senha que permite reaver os documentos. Ele
ameaça: o pobre dono do computador contaminado tem 72 horas para pagar
US$ 300. Se o fizer, ganha a senha e pode reaver o que quase perdeu.
Após o prazo, a senha é apagada para sempre. Aí, acabou.
CryptoLocker
não é o primeiro vírus a sequestrar os dados. Já desde o ano passado
havia versões da mesma ideia passeando por aí. A diferença é que nenhum
usava criptografia pesada. Dava para burlar e restaurar tudo sem a
necessidade de pagamento. Agora, não. Ficou profissional. E o conceito,
que provavelmente renderá um bom dinheiro, vai se alastrar.CryptoLocker
é a primeira cepa perigosa desta quinta geração de vírus digitais. Nos
próximos dias e semanas, os especialistas vão descobrir trechos de
código que o identificam e o implementarão em seus programas de
segurança. Os hackers do mal por trás farão, por sua vez, modificações
para driblar os antivírus e, nesse jogo de gato e rato, seguirão.
Versões diferentes, mais sofisticadas, chegarão à rede.
O
mundo está ficando bem mais complexo. Os países, em algum momento,
terão de sentar juntos para decidir como acompanhar este tráfego
financeiro pela rede. Porque os criminosos não vão parar na quinta
geração dos vírus. Aprenderam um truque novo, seguirão em busca de
outros.
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